sexta-feira, 22 de junho de 2012

Seca

Dia 1
Não sei o que está acontecendo com o meu pai e sua plantação, desde que começou o verão ele está agindo estranho. Decidi começar a escrever um diário sobre os acontecimentos aqui no sertão.
Dia 4
Hoje meu pai e eu estávamos jantando com minha mãe, quando ela disse:
- José vai pegar o sal.
Levantei e peguei o sal.
Meu nome é José Augusto Shepered, tenho 10 anos e moro no Sertão. Sou branco com cabelos encaracolados e o nariz grande. Sou alto e gordo. Meu pai pediu para passar-lhe o sal. Quando ia fazer, minha mão escapuliu e o sal caiu em cima dele. Ele se levantou e brigou comigo e com a minha mãe. mas ele parecia está descontando a raiva do trabalho em nós.
Dia 8
Não tenho muita coisa a contar hoje, apenas meu pai está ficando cada vez mais estressado pela sua plantação de milho e feijão. Ele diz que é bom plantar feijão junto ao milho, pois eles crescem juntos, e o feijão sobe nele.
Dia 12
Hoje alguns caras vieram em casa à noite para falar com o pai. Eles falaram algo sobre aluguel…
Dia 15
Faz tempo que não vejo a chuva, a plantação do meu pai está morrendo.
Dia 30
Mamãe está saindo de casa frequentemente todas as noites. Meu pai está paranóico.
Dia?
Faz tempo que não escrevo aqui. Os anos se passaram desde do suicídio de meu pai, há 5 anos atrás. Encontraram ele morto com uma M5 na mão e sua cabeça estourada.
Arrumei um emprego numa padaria para pagar a faculdade. Mudei de cidade e de nome. Estou em São Paulo agora. Nas horas vagas vendo laranja na rua. Tenho muita dificuldade para ler e escrever.

Vinícius Eduardo

A chuva no meu sertão

Meu nome é José Campos da Silva. Eu moro no sertão e estou passando por uma grande seca. Nenhum pé de "prantação"cresce em minhas terras, tudo está morrendo por lá. O gado morre de sede, os cavalos também e eu "num" sei mais o que fazer.
"Intonce"eu fui ver como estavam as "prantinhas"que ainda tinham sobrevivido. Mas depois de uma noite vi que elas estavam "murchinhas"e sem vida. Não consegui me segurar e dei um grito e fiquei me "preguntando" o que vou fazer com a família? Será que vou sobreviver?
Daí tive uma ideia: pedir conselho ao meu pai.
Fui a um monte de mercadinhos pedir ma garrafa ou uma jarra com água. Ninguém tinha.
Disseram que o jeito era esperar porque aquilo tudo iria passar - algum dia! Será?

Henrique Acioli

Relato Pessoal

Meu nome é Bruno, sou recifense. Após os estudos e a faculdade para Biólogo, vim estudar um pouco sobre o semiárido nordestino, mas está difícil a vida aqui.
Para começar, o único açude, onde podemos pegar água, fica a cinco quilômetros de distância daqui. Como não tenho carro, tenho que ir andando e o balde tem que durar o dia todo. Os coitados dos meus vizinhos, que precisam da plantação para comer, estão com fome, pois o sol é forte e não tem previsão de chuva.
A única esperança é que daqui a, no mínimo, duas semanas chova, pois a situação pode causar grandes estragos nessa pequena população.

Bruno Amorim Ferreira

Eu no sertão

Nas férias, fui para o Sertão para passar uma semana, na casa do meu tio, Bruno, que fica lá na zona quente do Nordeste. Lá é muito quente. Quando eu fui tomar água gelada, a água ficou quente na mesma hora. Peguei o gelo que derreteu em 5 segundos.
Lá eu brinco de ping-pong, pega-pega, esconde-esconde, de susto e de muitas outras coisas com os meus primos. O problema de lá é que não tem nenhum tipo de tecnologia: nem celular, nem computador, nem televisão, nem nada. Mas tem jogos como: Perfil, Can-Can, Uno, Detetive, Senha e muitos outros.
Eu fiquei uma semana só me acostumando com o bem estar daquelas pessoas que vivem nos campos, e com o modo de viver delas e, é claro, com o jeito delas falarem. eu "tô" "inté" pegando o jeito, "sô". Lá foi uma experiência bonita de viver.

Rodrigo Mendes Alves

Relato Pessoal do Sertão

OI! Meu nome é Ana, tenho 10 anos e vivo no sertão nordestino. Está tendo uma seca aqui, está faltando água. Papai e mamãe estão preocupados porque falam que pode faltar comida.
Eu também tenho medo de ficar sem comida, porque eu aprendi na escola que nós precisamos de comida e bebida para viver. A única que não está preocupada é minha irmã, Thaís, porque ela tem 4 anos e não sabe que podemos morrer. Sinto pena dela, mas mamãe disse para não falar.
Ontem eu ouvi papai, mamãe e vovó conversarem algo sobre fugir para a cidade, não posso dizer que se fugirmos não ficarei aliviada! É quase como fugir da morte. Mas não deixo de ter medo. Dizem-me que a violência na cidade grande é muita.
Minha mãe me chamou agora, disse que vamos para Recife, e que sairemos daqui a dois dias, pois nossa comida está acabando. Disse também para arrumarmos as malas e as de Thaís, e que devemos fazê-lo o mais rápido possível.
Finalmente, realizarei meu sonho de ir para Recife, mas uma pena que eu deixe meus amigos aqui, na seca. Vou rezar muito todos os dias para que achem comida e água.
Agora preciso ir. Tenho que arrumar nossas coisas, a comida está começando a faltar.


Fernanda LIns de Araújo Lima

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Descrição sobre mim mesmo

Eu sou um livro composto de informações, e isso porque quando eu começo a ler, tirar dúvidas, eu começo a me informar mais. Eu irei ficar com o cérebro cada vez mais inteligente, mais sábio e isso fará de mim o maior livro composto de informações, ou uma verdadeira biblioteca.
Minha vida começou assim porque eu tinha muitas dúvidas. Comecei a fazer perguntas a meus pais que me ajudam nas coisas. Comecei a sonhar com as coisas, a pensar em coisas e ser as coisas.

Pedro Vila Nova

Descrição sobre mim mesma

Eu sou o vento. Minhas ideias vão e voltam. Eu posso ser sujo, mas quando estou limpo eu purifico os ares. Minha origem? Eu não sei, só sei que as pessoas não me veem, apenas me sentem.
Eu normalmente sou liberado por vários buracos. As pessoas gostam muito de mim, pois eu as refresco, podendo ser quente ou frio.
Congelo as bochechas, rasgo peles, provoca marés, terremotos, assanho cabelos, mas posso também arrumá-los como no vento dos secadores. Essa é minha vida.

Beatriz Vieira